sábado, 26 de março de 2011

Fiz o que era mais urgente: uma prece.

Rezo para achar o meu verdadeiro caminho. Mas descobri que não me
entrego totalmente à
dor. Há uma lei secreta e para mim incompreensível: só através do sofrimento se
encontra a felicidade. Tenho medo de mim pois sou sempre apta a poder sofrer.
Se eu não me amar estarei perdida — porque ninguém me ama a ponto de ser
eu, de me ser. Tenho que me querer para dar alguma coisa a mim. Tenho que
valer alguma coisa? Oh protegei-me de mim mesma, que me persigo. Valho
qualquer coisa em relação aos outros — mas em relação a mim, sou nada.É tão
bom ter a quem pedir. Nem me incomodo muito se eu não for totalmente
atendida. Eu peço a Deus para eu ser mais bonita — e não é que meu olho
faísca ao mesmo tempo que meus lábios parecem mais doces e cheios? Eu peço
a Deus tudo o que eu quero e preciso. É o que me cabe. Ser ou não ser
atendida — isso não me cabe a mim, isto já é matéria-mágica que se me dá ou
se retrai. Obstinada, eu rezo. Eu não tenho o poder.

 Tenho a prece.

Eu quero simplesmente isto: o impossível. Ver Deus. Ouço o barulho do
vento nas folhas e respondo:

sim!

O futuro me chama danadamente — é para lá que eu vou.
Desastre? Sei lá. Quando penso que um dia vou morrer me dobro em duas de
tanto rir. A vida é uma piada. Mas meu rumo certo todos sabem qual é.

Não aprendi mas sei.
prece, parece-me que sei que o verdadeiro caminho é com

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